BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff entregou na manhã desta
quinta-feira o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e
Tecnologia, à sua ex-professora de economia Maria da Conceição Tavares.
Em seu discurso, a presidente disse que falava de discípula para mestra.
Segundo Dilma, a economista portuguesa naturalizada brasileira ajudou a
construir o "mapa do caminho" que o Brasil vem seguindo na última
década e que representou uma mudança na rota do desenvolvimento
nacional. Nesse período, destacou a presidente, o país abandonou a ideia
de que deve atrelar seu crescimento somente à autorregulação do mercado
e passou a considerar a inclusão social na equação econômica.
- O Brasil vive nos últimos 10 anos um ponto de mutação na história de seu desenvolvimento e para a história desse desenvolvimento foi necessário que tivéssemos ideias e tivéssemos de uma forma ou de outra o mapa do caminho. Nesta questão do mapa do caminho a nossa professora Maria da Conceição Tavares deu várias contribuições - disse a presidente.
Para Dilma, a professora ajudou a solidificar a ideia de que inadmissível construir um país forte e rico dissociado de melhorias de vida da sua população, ou deixar que o mercado e sua “autorregulação” pautassem o crescimento do país.
- Não acreditamos mais que nós podemos nos desenvolver sem nos libertar das amarras que nos prendiam a interesses nacionais em outras regiões do mundo. Hoje nós vivemos uma grande transformação, uma benigna subordinação da lógica econômica à agenda dos valores indissociáveis da democracia e da inclusão social - disse a presidente.
Dilma também ressaltou o momento de "mutação" atual vivido no desenvolvimento do Brasil.
- Nós hoje não admitimos mais a possibilidade de construir um país forte e rico dissociada de melhorias das condições de vida de nossa população, nem tampouco acreditamos mais na delegação da condução de nosso crescimento exclusivamente às forças de autorregulação do mercado, crença aliás que Maria da Conceição Tavares sempre corretamente criticou - disse Dilma.
A professora, que recebeu um prêmio de R$ 140 mil, fez críticas ao governo Fernando Henrique. À época, Maria da Conceição se opôs fortemente às reformas econômicas implementadas pelo tucano, entre elas a de exploração do gás, a do conceito de empresa nacional e dos monopólio do petróleo e das telecomunicações.
- Durante o mandato do presidente FH eu resolvi ir para a política porque não adiantava falar nada. Ele mudou a Constituição em pontos fundamentais. Não conseguiu mudar tudo, graças a Deus. Aquele foi um período estranho - discursou a acadêmica de 82 anos.
Ao encerrar sua fala, em tom de brincadeira, Maria da Conceição disse que espera morrer feliz por ser brasileira e triste por ser europeia, já que afirmou não acreditar que viverá o suficiente para ver o fim da crise econômica naquele continente.
Maria da Conceição é também professora titular da Unicamp e professora emérita da UFRJ. Ela é filiada ao PT, e já foi deputada federal.
Lucas Lopes Nº 29
- O Brasil vive nos últimos 10 anos um ponto de mutação na história de seu desenvolvimento e para a história desse desenvolvimento foi necessário que tivéssemos ideias e tivéssemos de uma forma ou de outra o mapa do caminho. Nesta questão do mapa do caminho a nossa professora Maria da Conceição Tavares deu várias contribuições - disse a presidente.
Para Dilma, a professora ajudou a solidificar a ideia de que inadmissível construir um país forte e rico dissociado de melhorias de vida da sua população, ou deixar que o mercado e sua “autorregulação” pautassem o crescimento do país.
- Não acreditamos mais que nós podemos nos desenvolver sem nos libertar das amarras que nos prendiam a interesses nacionais em outras regiões do mundo. Hoje nós vivemos uma grande transformação, uma benigna subordinação da lógica econômica à agenda dos valores indissociáveis da democracia e da inclusão social - disse a presidente.
Dilma também ressaltou o momento de "mutação" atual vivido no desenvolvimento do Brasil.
- Nós hoje não admitimos mais a possibilidade de construir um país forte e rico dissociada de melhorias das condições de vida de nossa população, nem tampouco acreditamos mais na delegação da condução de nosso crescimento exclusivamente às forças de autorregulação do mercado, crença aliás que Maria da Conceição Tavares sempre corretamente criticou - disse Dilma.
A professora, que recebeu um prêmio de R$ 140 mil, fez críticas ao governo Fernando Henrique. À época, Maria da Conceição se opôs fortemente às reformas econômicas implementadas pelo tucano, entre elas a de exploração do gás, a do conceito de empresa nacional e dos monopólio do petróleo e das telecomunicações.
- Durante o mandato do presidente FH eu resolvi ir para a política porque não adiantava falar nada. Ele mudou a Constituição em pontos fundamentais. Não conseguiu mudar tudo, graças a Deus. Aquele foi um período estranho - discursou a acadêmica de 82 anos.
Ao encerrar sua fala, em tom de brincadeira, Maria da Conceição disse que espera morrer feliz por ser brasileira e triste por ser europeia, já que afirmou não acreditar que viverá o suficiente para ver o fim da crise econômica naquele continente.
Maria da Conceição é também professora titular da Unicamp e professora emérita da UFRJ. Ela é filiada ao PT, e já foi deputada federal.
Lucas Lopes Nº 29
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