domingo, 5 de agosto de 2012

Australiana se torna a primeira mulher a enterrar em Olimpíadas

A primeira enterrada em um torneio olímpico feminino de basquete da história não vai invocar a memória de Julius Erving ou Dominique Wilkins, mas não foi nada mal. Para relembrar, Erving pode ser considerado o inventor da enterrada como a conhecemos e o segundo competia com Michael Jordan na plástica da jogada. No meio do terceiro quarto da vitória da Austrália sobre a Rússia (70 a 66), na tarde desta sexta-feira, a pivô Elizabeth Cambage, de 2,03m, recebeu passe da linha do lance livre e se viu sem marcação. A jogadora de 20 anos saltou para cesta e, sem esforço, cravou uma enterrada com uma mão só. Ela já estava treinando a jogada no aquecimento antes da partida. "É muito bom finalmente conseguir fazer a enterrada e tirar todo mundo do meu pé por causa disso!", disse Cambage. "Eu estava livre, senti que poderia fazer e fiz. Foi algo instintivo, eu não pensei na hora". Enquanto os fãs americanos de basquete estão acostumados com enterradas de jogadoras como Brittney Griner, Candace Parker e Lisa Leslie, a jogada de Cambage deixou os torcedores em Londres perplexos. A multidão gritou e celebrou, as companheiras da australiana pularam do banco em êxtase e os comentaristas de TV da rede BBC reagiram como se ela tivesse feito um mortal. Reações exageradas à parte, não há dúvida de que a enterrada de Cambage é muito bom para o basquete feminino porque vai fazer as pessoas falarem sobre o esporte, tanto nos Estados Unidos quanto fora. A Federação Internacional de Basquete (FIBA) não pôde confirmar se Cambage é a única jogadora a ter enterrado em Jogos Olímpicos, mas ex-atletas e treinadores disseram que foi a primeira vez que viram a jogada acontecer. "Ter alguém enterrando em Olimpíadas e fazer com que o jogo de basquete feminino fique nas manchetes é fantástico", disse Carrie Graf, técnica da Austrália, aos repórteres em Londres. "É uma das muitas coisas que farão com que o basquete feminino continue a se firmar no mapa como um jogo global." 


Bruna Perez nº07 

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